As vezes não sei se o rio que corre ao lado vem de cima ou escorre de mim. Eles se misturam com tamanha força que o mar vem fazer visita, dar um tapinha nas costas e dizer: "-calma meu velho! Assim vc me inunda!". E então tomamos mais umas pílulas, entornamos mais umas doses, comemoramos mais um fracasso, compartilhamos alegrias passageiras e tão fracas que parecem as pedras que rolam no fundo do rio. Atoladas, afogadas. E eu no rio, rio. Porque as vezes a gente se cansa de chorar. Até se entediar se sorrir.
(Gus Neves)
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