sábado, 5 de abril de 2014

A bola da vez


Havia um homem na calçada, 
Com uma viola velha, 
E um sorriso no olhar.
E o sustenido da viola 
Sustentava um horizonte
De uma esperança pouca.
Havia tido tiro alto da policia
Nas premicias do homem na calçada.
Haviam punhos, testemunhos, confusão.
Crianças, televisão. E o homem da calcada.
Estava morto, fosco, vazio.
E o arrepio.
E eu sempre procurei a  explicação.
Estava longe, a vida é um fio.
Se ha felicidade, incomoda a solidão .
Estava velho. Noticia repetida.
Mas a noticia era agora. E a dor gera repercussão.
Estava só, enquanto vivia
E agora que jaz. Seguiu a rota do mundo. 
A bola da vez. Encaçapada para nossa distração.

(Sugniev) 


Nenhum comentário:

Postar um comentário