Havia um homem na calçada,
Com uma viola velha,
E um sorriso no olhar.
E o sustenido da viola
Sustentava um horizonte
De uma esperança pouca.
Havia tido tiro alto da policia
Nas premicias do homem na calçada.
Haviam punhos, testemunhos, confusão.
Crianças, televisão. E o homem da calcada.
Estava morto, fosco, vazio.
E o arrepio.
E eu sempre procurei a explicação.
Estava longe, a vida é um fio.
Se ha felicidade, incomoda a solidão .
Estava velho. Noticia repetida.
Mas a noticia era agora. E a dor gera repercussão.
Estava só, enquanto vivia
E agora que jaz. Seguiu a rota do mundo.
A bola da vez. Encaçapada para nossa distração.
(Sugniev)
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